Salve nobres!
Hoje publicamos a segunda parte do histórico da cervejaria Heineken escrita por Antonio Mennella e traduzido do site italiano Giornale della Birra.
É impressionante o patrimônio da empresa fora das fronteiras pátrias. Começando do controle das empresas nacionais: Heineken Irlanda (Murphy), Heineken Suíça (Calanda Haldengut), Heineken Eslovênia (Zlatý Bazant); além da Heineken Espanha, Heineken França e Heineken Itália.
Na Bélgica, a Heineken controla a Affligen; na Croácia, a Karlovacka; na Macedônia, a Skopje; na Grécia, a Athenian Brewery; enquanto fechou o estabelecimento de Varsóvia da ex-Brau Union Polska confiando a produção às suas próprias cervejarias. Na República Tcheca, além da Starombo (adquirido da Brau Union) e da Krusovice (obtida recentemente do grupo Radeberger), possui a importante Drinks Union, adquirida em 2008. Outra aquisição de 2008 foi a Rodic Brewery de Novi Sad, na Sérvia, terceiro produtor do país. Recentemente, também a romena Bere Mures passou a fazer parte da multinacional holandesa.
Na Áustria, a Brau Union AG, tornando-se membro do grupo Heineken, permitiu a este estender a sua presença em outros mercados do Leste, com a Brau Union Hungria (Komáromi, da Heineken, e Soproni, da qual a Brau Union detém três quartos do capital) e a Brau Union Romênia.
Na Alemanha, a joint venture com o grupo bávaro Schörghuber Corporate (Brau Holding International) compreende: Paulaner, Hacher-Pschorr, AuerBräu, Thurn und Taxis, Kulmbacher, Fürstenberg, Hoepfner, Würzburger, Schmucker, Karlsberg.
Na Rússia, a filial Heineken de São Petesburgo, além das marcas internacionais do grupo, produz e comercializa a Bud, sob licença da Anheuser-Busch. Mas a multinacional holandesa possui também as cervejarias Shikhan, Volga, Stephan Razin, Patra, Baikal; Assim como a siberiana Sobol Beer e o grupo Ivan Taranov. O acordo de 2008 com a Efes Breweries International, por fim, previa a constituição de uma joint venture (com 40% de ações próprias) para a aquisição de cervejarias no Uzbesquistão.
Na África setentrional, a Heineken concluiu acordos de participação sob a forma de joint venture com sociedades locais. No Egito, possui a principal fábrica do país, El Ahram Beverages Company. Tem cervejarias no Congo, no Burundi, em Ruanda, onde produz diretamente a sua própria variedade de produtos. Na Nigéria, controla a Nigerian Breweries e a Wiecse; enquanto conseguiu aumentar a sua participação no grupo Consolidated Breweries de 24 para 50%.
Na Tunísia, assumiu em 2007 metade das ações da companhia S.P.D.B. programando a construção de um novo estabelecimento próximo a Túnis para a produção das marcas próprias e tunisinas. No ano seguinte comprou, na Argélia, do Grupo Mehri, a moderna cervejaria Tango de Rouiba, líder do mercado nacional e que, além de produzir sob licença alguns rótulos principais do grupo InBev (Stella Artois, Beck’s), agora fabrica também a Heineken, antes importada. Sempre no território africano, o grupo de Amsterdam tem a maioria das ações na fábrica de cerveja de Serra Leoa, tendo como sócios minoritários a Guinnes e alguns investidores locais. Consituiu uma joint venture (Brandhouse) com a Guinness e a Namíbia Beweries (da Namíbia) com a intenção de comercializar em comum as próprias marcas na África do Sul, dominada pela SAB. Ainda com a Guinness conseguiu um acordo cooperativo para a distribuição da própria marca em Gana.
Na Indonésia controla a BT Multi Bintang. Em Singapura possui um terço do capital da Asia Pacific Breweries, contra a maioria da neozelandesa Dominion Breweries; mas o serviço técnico da Heineken desempenha um papel determinante nessa empresa. Na China, tem a propriedade da Shanghai Asia Pacific Brewery, que produz a cerveja Heineken para o marcado nacional. Também opera através da HAPBC: Heineken Asia Pacific Brewers China. Esta nova sociedade, de propriedade conjunto com a financeira Fraser & Neave de Singapura, detém 40% do grupo Jiangsu DaFuHao (com quatro cervejarias na província de Jiangsu) e detém também 21% da Kingway Brewery na província de Guangdong. Em Israel, há 15 anos a marca Heineken era distribuída pela Tempo Beer Industries. Agora a mesma empresa a produz sob licença, graças a uma joint venture de 40% de propriedade da gigante holandesa.
No Caribe, a Heineken abriu sua primeira fábrica, Windward & Leeward Brewery, no Estado de Santa Lucia. A fábrica começou com a produção da Heineken para o mercado do Caribe em 1975; em 1992 lançou a local Piton. Hoje fabrica, sob licença, também a Guinness Foreign Extra Stout. Sempre no Caribe, a casa de Amsterdam produz muitos tipos de pilsner convencionais; além de possuir, na Jamaica, uma pequena quota acionária na Desnoes & Geddes. E outras participações com relação à maior cervejaria chilena, Compañia Cervecerías Unidas.
Com o nascimento do grupo InBev, la FEMSA interrompe as relações com a Interbrew e fecha uma parceria com a Heineken USA. Portanto, o grupo holandês pode adicionar, às tradicionais marcas Heineken e Amstel Light, as mexicanas Tecate, Dos Equis, Sol, Carta Blanca e Bohemia, melhorando notavelmente o portfólio de marcas e chegando a controlar 26% do total de importações nos Estados Unidos.
Em 2004, a Heineken constituiu uma joint venture com a Lion Australia para a distribuição naquele país da marca holandesa com vistas a uma futura licença. O mesmo modelo cooperativo que já havia experimentado com sucesso em Nova Zelândia através da Dominion Breweries.
Enfim, em fevereiro de 2008, o grande golpe: juntamente com a Carlsberg comprou a Scottish & Newcastle, assumindo o custo de transação em 45,5% e obtendo as atividades do grupo britânico na Grã-Bretanha, Irlanda, Portugal, Finlandia, Bélgica e nos Estados Unidos. Também em 2008, assumiu a suíça Eichhof Brauerei, de Lucerna.
Hoje, a articulada difusão territorial prevê, segundo o caso, o controle de empresas nacionais, joint venture produtivos com cervejarias locais, exportação direta das próprias marcas e também licenças de fabricação.
O grupo está organizado em cinco territórios que estão subdivididos em operações regionais. A regiões são: Europa ocidental, Europa central e oriental, América, África e Ásia Pacífico. Estes setores contém 115 instalações de produção de cerveja em 65 países.
Além de todas as campanhas publicitárias (iniciadas pela Heineken em 1950) e campanhas promocionais nas quais se atiram hoje, particularmente os grandes produtores, é necessário reconstruir a série de prêmios, bastante substanciais, estabelecidos por Alfred Heineken, de acordo com o papel principal que animou o nascimento da empresa. O primeiro, a partir de 1964, para a bioquímica e a biofísica, que depois se transformou no prêmio mais relevante para a pesquisa científica nos Países Baixos. Aqueles para as ciências ambientais e para a medicina, criados em 1989; e para a história, de 1990. Sucessivamente junta-se o prêmio para a arte, porém reservado aos holandeses. Não se esqueça, em âmbito esportivo, o importante patrocínio da Champions League.
Quanto à produção, por outro lado, um dos orgulhos da empresa é a Heineken Technical Services. Um consórcio de técnicos que tem a tarefa de garantir que a Heineken permaneça sempre igual a si mesma, independentemente do local de produção (exceto por uma licença para o Reino Unido). Tal consórcio também supervisiona a instalação de novos plantas e estabelecimentos.
A Heineken, por fim, embora prosseguindo na política de elaborar produtos em condição de satisfazer ao gosto do maior número de consumidores, desde o início dos anos 90 do século XX começou a elaborar cervejas puro malte, banindo os adjuntos menos caros (como o milho) e ampliando notavelmente o alcance. Em 2006, introduziu no mercado um barrilete de 5 litros com sistema de extração à pressão com dióxido de carbono. Em 2015 lançou o sistema Extra Cold para a obtenção, seja na torneira seja em garrafa, de uma cerveja a temperatura de 0 graus, através, respectivamente, de uma coluna congelada ou de uma garrafa especial para o congelador. Um achado feliz que permite uma sensação de frescor de longa duração.
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